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Revista da Papelaria - Edição 167


Pelo bem da distribuição


Cada vez mais, os profissionais de papelaria vão ouvir falar na Adispa, a Associação dos Distribuidores de Papelaria. Com a intenção de fortalecer as empresas do setor, a entidade está sendo profissionalizada e pretende reunir os principais distribuidores de cada estado do Brasil.
por CAROLINA BERGER


O idealizador e presidente da Adispa, Paulo Cesar Sárria, tem como objetivo profissionalizar a associação e fortalecer o setor de distribuição do ramo de papelaria.

Quando querem comprar produtos em pequenas quantidades ou precisam de uma entrega com agilidade, os empresários de papelaria sabem a quem recorrer: às empresas de distribuição. Espalhadas por todo o Brasil, distribuidores e atacadistas costumam atender a varejistas de diversos portes, assim como ao mercado corporativo. Com 25 anos de experiência no mercado de distribuição, Paulo Cesar Sárria identificou que os distribuidores do país mantinham uma posição individualista e estavam sendo enfraquecidos, o que vinha se agravando com a concorrência dos próprios fornecedores. "Alguns fabricantes têm importado produtos, que não são produzidos por eles, para vender com a sua marca", revelou Sárria, proprietário do Atacado São Paulo, que atende a capital paulista. A afirmação pode ser exemplificada pelo caso de uma empresa fabricante de canetas que importe cadernos e os venda com sua marca.

Foi para solucionar esse e outros problemas que Paulo Cesar idealizou, há cerca de dois anos, a Associação de Distribuidores de Papelaria (Adispa). Os primeiros contatos foram com a Reval, que atende o interior de São Paulo, e com a Caçula, que atua no estado do Rio de Janeiro. "Quando fui convidado, não pensei exclusivamente na minha empresa. Levei em consideração a união dos associados. Como será nosso negócio no futuro? Existem associações relacionadas à distribuição, mas não havia nenhuma voltada para o ramo de papelaria. Será uma boa forma de conhecer melhor o mercado e fortalecê-lo", pondera Renato Souza, proprietário da Reval.

Uma das estratégias de Sárria é reforçar as vantagens de os empresários abastecerem as papelarias com os distribuidores: "Para um fabricante, é difícil atender o Brasil todo. É melhor recorrer a distribuidores, que atuam regionalmente. Queria fortalecer o setor de distribuição, enfatizando os benefícios de nosso trabalho, como a possibilidade de realizar pedidos reduzidos." Ao longo dos dois anos de associação, foram feitas algumas reuniões e muitos planos. Agora, chegou o momento de começar a colocar os projetos em prática. "Gostaria de organizar o setor, promover cursos e palestras para os clientes e funcionários das papelarias que atendemos", exemplifica Sárria.

Uma das primeiras atitudes foi contratar a executiva Marcia Alves para coordenar as ações da Adispa, já que os associados possuem suas próprias ocupações profissionais. Além disso, serão construídos um site e uma sede. O objetivo é associar empresas de distribuição em todos os estados do Brasil, reunindo as empresas com maior representatividade local. Marcia Alves contou que, quando é identificado um estado com mercado mais amplo, há a possibilidade de convidar mais de um distribuidor, mas evitando conflitar concorrentes. O Norte é a única região que ainda não foi incluída dentre os associados, que totalizam cerca de 20 companhias. "Não estamos procurando quantidade. Queremos ter associados em todo o país e priorizamos a representatividade local da distribuidora", conta Marcia.

Além de captar novos distribuidores para a associação, um dos atuais planos que os associados pretendem colocar em prática é apoiar projetos sociais desenvolvidos com crianças, já que todos trabalham com material escolar. Paulo Cesar Sárria também pretende estabelecer parcerias com empresas de diversos níveis. Uma possibilidade citada por Sárria seria estabelecer contato com empresas de caminhão para conseguir benefícios para a frota dos distribuidores associados. Outra possível parceria seria com os fornecedores: "Queremos conseguir preços mais acessíveis e repassar isso a nossos clientes, que poderão obter os produtos com valores mais competitivos". Representantes públicos também devem ser procurados com o objetivo de reivindicar a redução de impostos sobre os produtos, tendo como argumento a importância da educação dentro de uma sociedade.


Revista da Papelaria - Edição 168


Mais do que um visual bonito


Empresários de papelaria e consumidores começam a ter contato com as novas embalagens de papel A4. Duas fabricantes do produto mudaram o visual e trazem muito mais informação para quem vende e utiliza o sulfite.
por CAROLINA BERGER


O idealizador e presidente da Adispa, Paulo Cesar Sárria, tem como objetivo profissionalizar a associação e fortalecer o setor de distribuição do ramo de papelaria.

Muitos empresários indicam o papel como um dos produtos mais vendidos nas papelarias. Em contrapartida, o mercado brasileiro não possui muitos fabricantes do item se a quantidade for comparada a outros produtos do setor. A partir da segunda metade de 2011, os profissionais que trabalham com duas grandes produtoras de papel sulfite terão contato com muita novidade visual.

André De Marco, gerente de produto da Suzano, e Gisele Gaspar, gerente de marketing da International Paper, concordam que o lançamento das novas embalagens na mesma época foi coincidência. "Considero que todas essas mudanças representam um momento positivo para a nossa categoria, podendo originar discussões sobre diversos aspectos relacionados ao papel", avalia Gisele.

As novas embalagens de Chamex e Report trazem mais informações voltadas ao consumidor final. Gisele Gaspar contou que o processo de mudanças começou no ano passado e tem como objetivo reforçar a comunicação da marca com o público. O desenvolvimento do novo layout envolveu pesquisas com consumidores antes e depois de a nova identidade visual ser elaborada. "A proposta é fazer das embalagens um veículo de comunicação, incluindo textos didáticos que interagem com o consumidor", explicou Gisele.

As embalagens da Report não sofriam alterações visuais há mais de três anos e passaram por um processo de atualização, unindo informação e design. "Fizemos questão de juntar informações sobre os principais aspectos da marca: qualidade, utilização e preocupação ambiental", definiu De Marco. Um dos aspectos mais marcantes nas novas embalagens Report é a logomarca do produto, que agora dá maior destaque para a marca Suzano. "A logo foi adequada aos atuais conceitos da empresa. Agora, ela está mais leve e moderna", afirma o gerente de produto da companhia.

Visualmente, um dos novos elementos que mais se destaca nas embalagens da Chamex é a presença de diferentes personagens em cada modelo de papel, contribuindo para aumentar o vínculo do consumidor final com o produto. Além disso, será possível identificar mais facilmente produtos com visual marcante, como o Chamex Colors e o Chamex Eco. Ambos virão com embalagens transparentes. Já o Chamex Office e o Chamex Multi são usados principalmente para impressão. Então, as embalagens desses dois produtos vêm com o selo "99,99% livre de atolamento do papel". Segundo a gerente da International Paper, todos os papéis sulfite da marca já eram confeccionados com tecnologia que evita o atolamento. Porém devido à importância dessa característica ao público do Office e do Multi, ela foi destacada nas respectivas embalagens. O tradicional personagem da embalagem do Chamequinho, produto da International Paper voltado ao público infantil não ficou de fora das mudanças. Com traços mais modernos, seu desenho foi desenvolvido para aumentar a comunicação com as crianças atuais.

As novas embalagens Chamex também inovaram no quesito praticidade. Com a adoção do sistema microdots, ficou mais fácil abrir as embalagens de papel. Gisele justificou a inovação: "Nas pesquisas realizadas, notamos reclamações relacionadas à abertura da embalagem de papel. Algumas pessoas contaram que já quebraram a unha, por exemplo." A praticidade também está presente nas caixas da Suzano, cujo visual acompanhou as alterações das embalagens das resmas. Quando chegar ao estoque, o profissional de papelaria poderá identificar com mais facilidade que caixa corresponde a cada modelo de papel, pois estão identificadas por cores.


Suzano - Identificação das caixas por cores, mais praticidade.


As ações para divulgar as mudanças no Chamex atingem diversos públicos. Os consumidores das capitais São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba serão informados por propaganda em rádio. Alguns edifícios empresariais terão a divulgação por meio de mídia digital em elevadores, a chamada "elemídia". As novas embalagens ainda serão divulgadas em revistas de circulação nacional e revistas de bordo de companhias aéreas, além de atualização do site e investimento na atuação em redes sociais.


Preocupação Socioambiental


A nova embalagem do Report Multiuso, da Suzano, traz outra novidade: o selo "Carbon Reduction Label", fornecido pelo Carbon Trust. A certificação indica a aplicação da "Pegada de Carbono", mensuração utilizada para verificar a quantidade de carbono emitida em todas as etapas que envolvem produção, comercialização e uso de determinado produto. A companhia concluiu, por exemplo, que, para cada folha de papel da linha Multiuso, são emitidos 6g de CO2 no Brasil. "A Pegada de Carbono é mais uma atitude que demonstra a preocupação socioambiental da companhia, de forma clara e objetiva", avalia André De Marco.
A iniciativa da empresa é parte de uma série de medidas que visam a um desenvolvimento sustentável. As Brigadas Report é um outro exemplo disso. Quando acabam as folhas de papel Report ou de qualquer outra marca de papel, a embalagem pode ser depositada nas chamadas Brigadas Report, localizadas em estabelecimentos como escolas, agências bancárias e escritórios, que funcionam como pontos de coleta. As embalagens recolhidas correspondem a um valor monetário, entregue ao local onde foram coletadas. Outra opção é a pessoa responsável pelo ponto indicar uma instituição para receber o benefício.


Revista da Papelaria - Edição 180


Distribuição de material escolar pelos governos







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